Li uma boa reflexão feita por uma jornalista de um site feminino, Adilia Belotti, sobre o sequestro ocorrido em Santo André, que terminou a com a morte da refém, a adolescente Eloá.
A autora aborda vários pontos com os quais concordo, em especial, quando coloca que o fato ocorrido não está tão longe de nós, pelo fato de ter se passado "do outro lado da tela".
Quando entramos nos meandres mais humanos e sócio-culturais do caso, nos deparamos e identificamos questões comuns ao nosso "infinito particular" (como cantou Marisa Monte).
Deveríamos então nos preocupar com algumas questões em torno desta tragédia. Fica aqui a minha sugestão.
Menina MA
Vale a pena ler: http://colunistas.ig.com.br/toquesdealma/2008/10/20/perplexoes-ou-tentando-engolir-as-tragedias-da-tela/#comment-38571
Obs.: A imagem é do site Delas ig: foto da jornalista Adilia Belotti. Gosto muito dos textos desta colunista.
4 comentários:
Não acompanhei o sequestro pela televisão, apenas li alguns matérias na Folha.
Mas o que eu percebo que é a menina está se tornando um novo símbolo/ uma heroína para a sua geração. Em muitos perfis do orkut, de jovens como ela, lê-se "LUTO" em referência a essa pessoa, que se tornou celebridade, mais uma Big Brother. Realmente parece que a mídia (não só a televisão, mas a tecnologia) tem contribuido para uma mistura entre o público e o privado. Me pergunto onde estão com a cabeça esses pais que postam as fotos dos seus filhos nas posições mais invasivas possíveis no orkut, etc.
Adoraria poder discutir ou publicar no blog algo mais específico sobre o orkut. É uma tecnologia nova; cria uma linguagem e uma possibilidade de identidades fantasiosas, para todas as idades, sem falar na tal exposição. Quase todos nós temos uma experiência ou ouvimos falar de alguma, muito invasiva (privado/público) ou que tiveram consequencias sérias.
Maria Ana, obrigada pela visita e por ter colocado meu artigo no seu blog. Fiquei surpresa! Seu blog é gostoso de ler, adorei a história dos imãs e a frase, me parece tem a ver com esse momento em que parece que a "falação" e a exposição excessiva fazem as pessoas perderem a medida do cuidado que todos devemos tomar com "todas as meninas"... Continue falando, refletindo, compartilhando idéias e preocupações, acredito, depois de tantos anos como jornalista de internet, que esse é o espaço mais democrático do mundo, uma ferramenta poderosa que estamos apenas aprendendo ainda a usar. Um abraço muito carinhoso para você. Adília Belotti
Olha que bacana o que essa tecnologia pode também nos proporcionar! (Gratas surpresas!)Pode promover diálogos e encontros sequer imaginados, com pessoas com as quais nos identificamos ou simpatizamos tanto sem ao menos conhecer.
Eu é que agradeço desta vez a visita, Adilia. Pena que o mundo virtual não nos possibilite oferecer ao menos um cafezinho - o que seria um prazer, da minha parte (e faria a internet ter muito mais graça).rs
Sinta-se em casa! Aqui você também poderia ser uma das "meninas".
Até porque...
Pego emprestado uma estrofe da música do saudoso Gonzaguinha,para lhe prestar uma pequena homenagem.
" Eu apenas queria que você soubesse
Que esta menina hoje é uma mulher
E que esta mulher é uma menina
Que colheu seu fruto flor do seu carinho"
Você também deve ser "esta mulher que é uma MENINA que colheu seu fruto flor do seu carinho".
Um abraço carinhoso.
Menina(e mulher!)MA
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