segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

"Rainha do mar, do mar azul... Eu vou pro mar..."



“Não há mal que o mar não possa curar,
não há pedido que Iemanjá não possa atender.”

"Dia 2 de fevereiro... "
Fiquei com vontade de contar uma história, dessas que contam sobre as bonitas sincronias da vida.
Quem nunca teve uma para contar?
No dia 2 de fevereiro, eu me vi, de repente, em uma casa, bem perto do mar... acertando minha vida para ir morar por lá.
Saí de lá, de biquini por baixo, direto para um mergulho nele. Como evitar dar um mergulho, depois de um bom tempo de resguardo dele? E, ainda por cima, dando-se conta que aquele era o dia consagrado a Iemanjá, sua rainha?!
Fui lá me oferecer, oferecer minha moradia, agradecer àquela imensa imensidão do mar.
Nos meus últimos encontros especiais com o mar... um encontro de conversas, segredos, pedidos e agradecimentos... eu me via cantando aquela música, que eu conheci na voz da Marisa Monte.
"Mar, misterioso mar, oh... Que vem do horizonte... "
"Ela mora no mar, ela brinca na areia... No balanço das ondas, a paz ela semeia."
E das últimas vezes foi assim... era colocar o pé na água e vinha vindo aquele som, do inconsciente.
Uma espécie de agrado, "uma oferenda", à Iemanjá.

Eis que ontem, quando cheguei lá, quase noite, para tomar meu banho de mar lunar. Nada tocou dentro de mim.
Quando fui adentrando àquela água já escura pela falta da luz solar, eis que a cantora lá do bloco, do seu trio elétrico, inciou a canção...
"Ela mora no mar... ela brinca na areia... no balanço das ondas, a paz ela semeia..."
Mar, misterioso mar... oh...
E, enquanto estou escrevendo aqui, um CD toca. Um CD com músicas variadas que ganhei e ainda não pude ouvir.
Enquanto escrevo, começa a tocar "Arrastão", na voz da Elis Regina.
(Sem comentários rs)
"Ei meu irmão, me tráz Iemanjá pra mim!"
Sincronias...
Quem já não teve as suas???
Menina MA

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Caderninho vermelho

Ontem, à noite, ganhei de presente um caderninho pintado de guache vermelho na capa. Todo confeccionado por duas mãozinhas pequenas, de uma menina risonha e sapeca que já mora no meu coração, a Maria, minha xará.
Ela mesma fez este caderninho tão bonitinho e tão bem feitinho (sinto que muitos podem se incomodar com os meu diminutivos, mas é algo fora ao meu controle).
O fato é que Maria Clara acertou em cheio no presente sem aniversário ou motivação maior, mas na data certa. E ela nem sabia como gosto de cadernos pequeninos, com capas bonitas, para anotações pequenas, àquelas do coração. Tenho sempre um na bolsa, para momentos furtivos, como esse, quando bate a inspiração. Sim, como já disse aqui, temos que saber respirar... E sem se inspirar... Como fazer? rs
Então, ganhei esse caderno ontem, que me foi tomado das mãos algumas vezes, para alguns retoques de perfeição. Ela trouxe régua e lápis e traçou linhas nas folhas brancas, todas. E me disse que a tinta era fresca e que precisava de um tempo ainda para secar. Respeitei todas as recomendações.
Sabe o que me deu vontade de fazer com ele quando o vi aqui em casa na manhã deste domingo fresquinho? Escrever sobre esta garotinha.
E começou a sair letras bem assim, sobre as folhinhas do caderno...

"Este caderninho especial foi a Maria Clara que me deu. Ela o fez com o maior carinho. Pintou ele de vermelho na capa e traçou linhas muito fortes para que eu desenhasse palavras nele.
Maria Clara é uma menina linda, doce. Morena jambo igual a mim. Ela é carinhosa e gosta de sorrir.
Ela gosta de fazer bijouterias para as pessoas de quem ela gosta. Ela também faz cartinhas recheadas com flor dentro do envelope.
A Maria gosta de vestir roupas nas bonecas dela; dar mamadeira, trocar fraldinha e colocar os bebezinhos para dormir.
Gosta, também, esta menina sapeca, de fazer cosquinhas e de rir sem parar, às gargalhadas, como uma bruxinha com poderes mágicos no riso. ( He, he, he... Hi, hi, hi..) Parece até que ela consegue transformar tudo a sua volta quando dá sua risada... " E é assim que foi saindo esta histórinha que ainda não teve fim.
Que volta à infância a Maria nos tráz de presente! Será que existiria algo mais bacana com o que se presentear?!
: ) : ) : o : o : ( : / rsrsrsrs hehehe kkkkk
Menina MA
(Perdendo o medo do ridículo)

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Um Valentine para o dia do Amor


Dia do amor... Dia de São Valentim: 14 de fevereiro.
Dizem que é comum a quem comemora esta data, fazer um ou mais valentines (cartões) para presentear namorados, amigos e pessoas da família.
Como adoro cartas, cartões e afins...
Este dia não fazia parte do meu calendário, até porque, como todos nós sabemos, o famoso dia de comemoração do amor, aqui no Brasil, é o dia 12 de junho, "Dia dos namorados", véspera do dia de Santo Antônio.
Confesso que sempre achei esse dia egoísta, de um certo mau gosto com as pessoas excluídas do amor de eros na tal data. Desde o raiar do sol até o anoitecer ou, principalmente ao anoitecer, os solteiros e azarados com eros nao tinham muita paz.

Foi num certo dia 14 de fevereiro, há exatamente 7 anos atrás, porém... que, colocando as malas no carro de uma amiga, de mudança para a cidade maravilhosa, descobri esta data no calendário de minha agenda.
Sentindo-me um tanto sozinha, numa casa, num bairro e numa cidade em que mal conhecia ninguém... fui escrever algo na agenda, quando pude me dar o prazer da minha importante companhia. E eis que estava lá escrito, neste mesmo dia... Dia do Amor. (O que me trouxe bons presságios e boas energias.)
A partir daí, fui me informar melhor e, assim como o dia de ação de Graças americano, achei de bem, incluí-lo na lembrança de datas à comemorar.
Até porque tinha mesmo o que comemorar junto com esta data.
Fui saber também que o dia dedicado ao Amor, ou o famoso "Valentines'day", era uma data mais aberta à comemoração dos vários tipos de amor; não só os venusianos, mas também os mais uranianos ou aquarianos - universais e solidários, para os mais entendidos em astrologia. rs
Aqui estou eu, sete anos depois... um tanto diferente do Brad Pitt. Sete anos no Rio ou sete aos no Tibet, não daria para traçar tantas comparações - apesar de ter recém descoberto o meu ashram por aqui. rs
E colho os amores que a vida nesta cidade me proporcionou. Alguns de eros, outros de irmandade mesmo. Acabo sendo mais uma devota, portanto, deste santo rebelde, subversivo e apaixonado.
Viva São Valentim! Santo que foi decaptado neste dia, porque sendo padre, negou-se a obeceder a ordem do imperador de Roma, de não realizar mais casamentos dos seus soldados... neste dia que foi dedicado à sua vida e dedicado ao amor (e ao comércio! Mas, não vou tocar neste assunto para não diminuir o romantismo da data).
Histórias de santos são realmente interessantes, acreditando ou não nos sobrehumanos poderes destas fuguras, quase sempre tão humanas.)
No mais, mais amor... Muito amor!
Menina MA
Para saber mais sobre a história de São Valentim http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Valentim

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Indicamos: Blog

Uma dica para quem quiser conferir um blog recheado poesia, astrologia e amor...

ASTROLOGIA VIVA -
O blog do VIVASTRO

http://vivastro.blogspot.com/

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Cabo Branco Unido pela Lixeira

João Pessoa é uma cidade linda.
Pela manhã, fecham a Avenida Cabo Branco – a beira mar – do bairro que tem metro quadrado mais caro da cidade. Na avenida, o pessoal anda, corre, pedala. Pois, sim.
E não é que uma barraca de praia, muito solicitamente, colocou uma mesa na avenida com um garrafão de água mineral, copos de plástico e vejam: um baldinho de gelo (!) - para refrescar o calor, que ás 7 horas da manhã já está forte.
Reparem que o pessoal da barraca não colocou nenhuma lixeira para depositar os copos usados. O cidadão bem observador poderia me lembrar que há lixeiras a cada poste no calçadão, assim, mais ou menos, a cada de 10 metros há uma lixeira de cor vermelha (bem visível).
Mas, o leitor vai se espantar quando eu disser o que vejo pela manhã quando saio a caminhar pela bela orla de João Pessoa. Pessoas de bem, mulheres da sociedade, colunáveis; homens bem sucedidos, de negócio lucrativo, param rapidamente para pegar um copo de água, levam o copo na mão e fazem o que? Se deliciam com a água benta (claro) e jogam o copo na rua! Alguns disfarçam: colocam no capô de algum carro parado, gentilmente depositam no meio-fio, ou (acreditem, eu vi!) tentam enfiar o danado no motor de bugues estacionados. E há os que nem disfarçam...
Ah, como eu queria que este pessoal do bem lesse este depoimento e passasse a zelar pela beleza da cidade onde moram.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Austrália - o filme


Austrália

Good good. O filme é bom, sobretudo por que faz refletir. Impossível não comparar o Brasil e a Austrália, duas colonizações, duas ideologias.

O pequeno “creamy”, traduzido como “café-com-leite”, na versão legendada no Brasil, nem de longe de depara com os dilemas dos mulatinhos brasileiros, filhos de nativas negras com homens brancos ingleses. Ele é só, nem é negro, nem é branco. Por isso, não tem povo, vive entre dois mundos, sem pertencer a nenhum deles. Quer um exemplo: no cinema local, só entra branco, preto e oriental – os filhos mestiços da colonização não podem entrar. No Brasil, diferentemente, o negro é que era colocado de lado, o mulato sempre foi nossa maior riqueza. Afinal, o mulato já representava meio caminho na direção do ideal do branqueamento.

No filme, o homem é homem mesmo. A mulher é mulher mesmo. Nada de troca de papéis ou posições sociais. O homem é valente, corajoso, forte, mas um covarde emocial, tem medo de compromisso, foge deliberadamente da mulher e do filho. A mulher, mesmo infértil, é antes de tudo mãe. Mãe de filhos que não gerou, mãe de uma terra que não é sua. A maternidade abranca tudo ao seu lado e vai transformando campos áridos em paisagens férteis, como a chuva.

Ah, a chuva! A primeira chuva da estação, o ciclo da natureza na mudança radical da paisagem, me faz pensar no sertão paraibano. É como aqui: nas primeiras chuvas, o povo se põe a cantar e dançar deixando-se molhar pela chuva sagrada; a paisagem cinza toma cor e os mais diversos tons de verde aparecem para celebrar a alegria da estação chuvosa. É flor, é pássaro, é, sem dúvida, tempo de acasalamento.

Bem, para aqueles que não conseguem passar sem crítica aí vai: a luz do filme é um tanto irreal, deve ter sido o objetivo do diretor, mas é estranho, nítido demais, os tons do entardecer são bonitos demais. Claro que tem cliclês, filme deste porte e que concorre ao Oscar tem que ter. É longo e cansa, principalmente, os homens homens, como o Vaqueiro bonitão (Hugh Jackman).

Elenco: Nicole Kidman, Hugh Jackman, David Wenham, Bryan Brown, Jack Thompson, e o garoto aborígene Brandon Walters, de 12 anos.

Direção: Baz Luhrmann