domingo, 30 de maio de 2010

Dá vontade de ir também.....

http://www.youtube.com/watch?v=zlfKdbWwruY&feature=player_embedded

domingo, 25 de abril de 2010


O apanhador de desperdícios


Uso a palavra para compor meus silêncios.
Não gosto das palavras
fatigadas de informar.
Dou mais respeito
às que vivem de barriga no chão
tipo água, pedra, sapo.
Entendo bem o sotaque das águas.
Dou respeito às coisas desimportantes e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim esse atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos,
como as boas moscas.
Queria que a minha voz tivesse um formato de canto.
Porque eu não sou da informática:
eu sou da invencionática.
Só uso a palavra para compor meus silêncios.


Manoel de Barros

Memórias Inventadas
As infâncias de Manoel de Barros

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Contra a ditadura da Democracia e do Capitalismo!


Ditadura do pensamento unipolar

Por Frei Betto

Há no mundo uma monopolização crescente do pensamento. Os recentes avanços tecnológicos favorecem a concentração da informação em poucas mãos.

Quando Francis Fukuyama lançou a inconsistente teoria do fim da história, o objetivo era semear a desesperança e consolidar a ideia de que não há futuro, e sim perenização do presente. O capitalismo é o melhor e definitivo sistema econômico; e a democracia, manipulada pelo poder financeiro, sua expressão política.

Derrubado o muro de Berlim, a globalização consiste em impor ao planeta a pax americana e sepultar, assim, as ideologias progressistas e libertárias, extinguindo, da cultura, a consciência histórica, sem a qual não há como construir alternativas.

Felizmente teorias não detêm o avanço histórico. A América Latina é, hoje, o melhor exemplo disso, com a sua primavera democrática e seus governos democrático-populares. Novos atores sociais e processos emancipatórios despontam. Redes planetárias de busca de “outro mundo possível” aparecem.

Esses sinais de esperança reforçam a necessidade de se aprofundar o pensamento crítico, alternativo, e promover a descrença nos dogmas consagradores da desigualdade e da exclusão social e da apropriação privada da riqueza.

Para o pensamento hegemônico, os novos inimigos são o “terrorismo” (leia-se: tudo que se opõe a ele), o narcotráfico, os países que formam o “eixo do mal”, e todos que criticam o sistema de dominação múltipla do capitalismo transnacional e neoliberal.

O polo hegemônico desse pensamento único são os EUA, respaldados pelo consenso da União Europeia e do Japão. E sobretudo as empresas transnacionais. Em nome da defesa da democracia (entenda-se: do modelo fundado na desigualdade e na exclusão), procura-se evitar a proliferação de armas atômicas ou de destruição em massa… exceto nos países que, na ótica de Washington, integram o “eixo do bem”.

Quem melhor expressou a nova doutrina político-militar foi Zbigniew Brzezinski, em 1998, quando denunciou que o imperativo dessa estratégia geopolítica consiste em manter os vassalos dependentes no que diz respeito à segurança, e evitar que os “bárbaros” se articule m, como agora ocorre na América Latina e no Caribe, com a proposta de fundação, no próximo ano, de um organismo semelhante à União Europeia, capaz de congregar os países do continente sem a presença e ingerência dos EUA e do Canadá.

Hoje, o que preocupa a CIA e o Pentágono não é a confrontação leste-oeste, e sim a norte-sul entre os países ricos e pobres. Há um processo sistemático de pasteurização da cultura, travestida de entretenimento centrado no consumismo, de hegemonização do pensamento, por meio da disseminação midiática de paradigmas comuns e do consumo padronizado, de modo a negar o pluriculturalismo, o direito à autonomia dos povos originários, a diversidade religiosa, os movimentos sociais emancipatórios, a cultura como processo crítico de leitura e transformação da realidade. Como diria Paulo Freire, cada vez mais a cabeça dos oprimidos pensa e enxerga pelo ponto de vista dos opressores.

Frei Betto é escritor, autor de Calendário do Poder (Rocco), entre outros livros

quinta-feira, 1 de abril de 2010

UFPB também chegando lá!


UFPB adota sistema de cotas
As vagas são para estudantes de escolas públicas, negros, índios e portadores de deficiência



O Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) da UFPB decidiu, em reunião realizada nesta terça-feira, 30, reservar 25% das vagas, já a partir do próximo Processo Seletivo Seriado para estudantes que cursaram todo o ensino médio e pelo menos três series do ensino fundamental em escolas públicas. A decisão foi aprovada por 20 votos favoráves, dois votos contrários e três abstenções.

No Consepe, coube à professora Maria Creusa, do Centro de Educação, emitir parecer sobre a proposta encaminhada pela UFPB por meio da Pró-reitoria de Graduação.

O Conselho decidiu pela reserva de vagas para os estudantes que cursaram todo o ensino médio e pelo menos três séries do ensino fundamental em escolas públicas, obedecendo a seguinte escala: 25% das vagas de todos os cursos para 2011; 30% das vagas de todos os cursos para 2012; 35% das vagas de todos os cursos para 2013; 40% das vagas de todos os cursos em 2014.


As cotas têm primeiro, recorte social e, segundo, recorte étnico-racial, de modo que cada segmento - populações negra e indígena - terá o percentual correspondente a sua representação no Estado da Paraíba, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Aos portadores de deficiência será reservada a cota de 5%.

REPERCUSSÃO - A iniciativa da UFPB foi aplaudida e elogiada por diversos representantes da sociedade civil. Para a professora Solange Rocha, da Organização das Mulheres Negras da Paraíba (Bamidelê), a decisão da UFPB representa uma grande mudança na educação. "Os jovens negros e indígenas das camadas populares agora podem vislumbrar a possibilidade de ingressar na universidade, de modo que todos os segmentos sociais estejam representados na instituição”.

O representante do Movimento do Espírito Lilás (MEL), Felipe dos Santos, destacou que a UFPB dá um passo adiante no reconhecimento das desigualdades étnicas, raciais e sociais. “Quando a instituição aprova uma prposta como essa está democratizando o acesso ao ensino superior para negros e negras e quilombolas, ao mesmo tempo em que atende a pauta de reivindicação do movimento negro”.

O representante da União Nacional do Estudantes (UNE) na Paraíba, Rildian Pires Filho, disse que a aprovação do sistema de cotas é um passo histórico. “Com essa aprovação a UFPB garante o acesso de estudantes oriundos de parcela da população historicamente excluídas”.

O reitor da UFPB, Rômulo Polari, ressaltou que a questão das cotas vem sendo discutida e debatida com a sociedade e com a comunidade universitária há pelo menos quatro anos. Segundo Polari, a decisão chegou na hora certa. "A aprovação da política de cotas na UFPB se baseou em iniciativas de outras instituições de ensino superior. Isso fez com que a decisão fosse tomada de forma mais madura e consciente".

Participaram da reunião para aprovação de cotas representantes das entidades: Organização das Mulheres Negras da Paraíba (Bamidelê), o movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bisexuais e Transexuais), Diretório Central dos Estudantes (DCE), União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES), Associação dos Estudantes da Paraíba (AESP), Juventude Negra, Núcleo de Estudantes Negras da UFPB, Associação dos Deficientes (ASDEF), Associação Nacional dos Estudantes Livres (ANEL) e o representante do Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior da Paraíba (Sintespb).


Fonte Agência de Notícias UFPB
http://www.agencia.ufpb.br/vernoticias.php?pk_noticia=11640

quinta-feira, 18 de março de 2010

sexta-feira, 5 de março de 2010

AULA INAUGURAL


A área de Antropologia do Departamento de Ciências Sociais tem o prazer de convidá-lo para a

AULA INAUGURAL

do Curso de Ciências Sociais da UFPB





"Saudade: uma incursão em antropologia visual".

Bela Feldman-Bianco

Com a exibição do Filme “Saudade”.


Dia 15 de Março às 19:30H no Auditório da Reitoria


Bela Feldman-Bianco é professora da UNICAMP é autora dos livros Antropologia das Sociedades Contemporâneas: Métodos (1987), Desafios da Imagem: Iconografia, fotografia e vídeo nas ciências sociais (2000), Colonialism as a Continuing Project (2001), dentre inúmeros outros livros e artigos.
Suas pesquisas focalizam questões relacionadas à cultura e poder, com ênfase em identidades, migrações transnacionais, colonialismo/ pós-colonialismo e globalização em perspectiva comparativa.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Uma Apreciação do Livro Leite Derramado (2009) de Chico Buarque



O livro Leite Derramado de Chico Buarque é uma obra de mestre. Ganha em muito de Budapeste, que tem a prosa algo pegada, difícil, lenta. Ao contrário, Leite Derramado é abundante, flui nutritivo como o leite que corria generoso dos seios brancos de Matilde. Ah, Matilde, a mulatinha morta aos 17 anos não se sabe exatamente de quê...
Não apenas Matilde fica morando na nossa lembrança, - (como é dito na orelha do livro)- , como uma recordação de coisa não vivida, como nos enamoramos do próprio velho Eulálio. Que importa se ele seja no fundo um aristocrata, racista, segregacionista nada afeito aos ideias republicanos e pouco gentil com as classes populares. Pouco importa, o velho toma nosso coração – talvez, a maneira de Chico – e não importa que asneiras diga!
Li o livro com dó. Li os primeiros capítulos e tive que relê-los. Li cada palavra com se sorvesse um vinho raro, cujo sabor queremos capturar para sempre na boca. Guardei o livro para um momento especial em que eu pudesse ser só dele e ele só meu. Mas não queria lê-lo todo de uma vez, relutava, era bom demais, tive dó de continuar. Acho que isso nunca tinha me acontecido. Normalmente devoro os livros com a fome de Eulálio quando viu Matilde pela primeira vez na missa de seu pai morto. Mas com este livro algo diferente aconteceu comigo. Fui hipnotizada, talvez, apaixonei-me realmente por Eulálio. Talvez temesse sua morte. E por falar nela, as últimas páginas há surpresa – ao narrar a morte de seu tataravó é que morre Eulálio, o narrador.
O livro é leve - pesa pouco- , e breve – apesar de tanta vida. Leva o leitor a risada. Taí talvez sua genialidade: é complexo, profundo sem ser pedante, sem errar no tom. É através da narrações desordenadas no velho que compomos o cenário, sem nexo, juntando os pedaços, confundindo as estações e, ás vezes, fazendo algum sentido. É a própria natureza da vida do homem – um tanto sem sentido, a se perder nas curvas dos rios dos acontecimentos, tantas vezes a se desperdiçar como o leite que Matilde negava a menina e escorria pesado pela pia. A confusão do velho é não menos companheira da vida que dos velhos. É a vida mesma que não pode ser vivida senão como foi narrada por Eulálio: como uma (re)invenção constante. E salve Cecília Meireles!

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Vídeo nas Aldeias

Kit "Cineastas Indígenas: um outro olhar" para escolas

O Vídeo nas Aldeias está cadastrando escolas que queiram receber a coleção de DVDs Cineastas Indígenas: um outro olhar, para distribuição gratuita nas escolas de ensino médio. A coleção oferece uma visão única da realidade indígena brasileira: o ponto de vista dos próprios índios.
Com patrocínio do Programa Petrobrás Cultural, o Kit consiste num box com cinco DVDs com filmes dos povos Kuikuro, Panará, Huni Kui, Xavante e Ashaninka, e um "Guia para professores e alunos", com informações sobre cada um dos povos, fontes para pesquisa complementar e temas para discussão em sala de aula.

Cadastre a sua escola:
www.videonasaldeias.org.br/2009/contato_escolas.php
Faça o download do
Guia para professores e alunos:
www.videonasaldeias.org.br/downloads/vna_guia_prof.pdf

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010




Comunicado de Imprensa
04 fevereiro, 2010

Programa de Jovens Profissionais 2010 do BID recebe inscrições Mais Informações
Carolina Goicochea
Coordenadora do Programa
carolinago@iadb.org

Programa de Jovens Profissionais
Contato de Imprensa

Janaina Goulart
(61) 3317-4285
janainag@iadb.org



Iniciativa busca profissionais em áreas do desenvolvimento. Candidatura pode ser realizada até 01 de abril

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) abre inscrições para a edição 2010 do Programa de Jovens Profissionais e o Programa Diversidade de Jovens Profissionais, para povos Afro-descendentes e Indígenas.

A iniciativa, voltada para universitários e acadêmicos, é considerada um ponto de partida para a carreira profissional no BID.

O Banco procura candidatos com experiência em uma ou mais das seguintes áreas: Meio Ambiente e Recursos Naturais; Desenvolvimento Econômico; Desenvolvimento Social, Infraestrutura; Project Finance; e Setor Privado. As inscrições seguem até 01 de abril de 2010.

Os candidatos selecionados vão trabalhar por um período de até dois anos na Sede do Banco ou nas Representações; e existe a possibilidade de o jovem profissional fazer parte do quadro de funcionários do BID no futuro.

Requisitos

Os requisitos para participar do programa são os seguintes:

O candidato deve ser cidadão de um dos países membros do Banco;
Ter até 32 anos de idade;
Ser fluente em Inglês e Espanhol, com conhecimento de uma terceira língua oficial do Banco (Francês ou Português);
Ter obtido o título de Mestre, Licenciatura ou grau equivalente em uma universidade reconhecida pelo país;
Ter um ou mais anos de experiência profissional em empresas relacionadas com o Banco


Processo de Seleção

Os candidatos selecionados serão convocados para entrevistas em Washington, onde funciona a Sede do Banco. O objetivo da entrevista é identificar características como flexibilidade e capacidade de trabalho; habilidades analíticas evidenciadas pelo sucesso acadêmico; habilidade de trabalhar em equipe; comunicação; e vontade e disponibilidade para servir em missões de campo na América Latina e Caribe.

As regras do programa e o formulário de inscrição estão disponíveis no site do Banco. Para acessar a página oficial do Programa de Jovens Profissionais, clique aqui (em inglês).

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Vale Paraíba!


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

"Sobre o perigo dos livros" Rubem Alves


Imperdível esta crônica de Rubem Alves. (Especialmente para acadêmicos ou adeptos de qualquer tipo de intelectualismo.)
Comentem!!!
http://rubemalves.wordpress.com/2009/01/03/sobre-os-perigos-da-leitura/

Obs.: A imagem retirei da net e não tinha a autoria identificada.

compartilhando leituras....



"O cidadão, no Brasil, além de ser um personagem tardio, quando começa a se expandir, de modo lento e tortuo, encontra diante de si um ambiente hostil que tem a forte presença dos ideólogos do mercado, vaticinando sua condição de personagem fora de moda. A cidadania social é considerada por muitos coisa do passado e, mais do que isto, uma instituição inviável economicamente, pois onerosa. Cidadania não combina com modernidade e assim por diante. O mundo privado e seus imperativos sistêmicos impelem a pensar e agir no sentido da mercantilização completa da grande conquista da civilização ocidental que são os direitos sociais".


REGO, Walquiria Leão. Lua Nova, São Paulo, n. 73, 2008 . Disponível em . acessos em 03 fev. 2010. doi: 10.1590/S0102-64452008000100007.

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-64452008000100007&lng=pt&nrm=iso

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Vicente Maiolino, com todo prazer.



Há algum tempo não posto aqui, mas não poderia deixar de registrar este acontecimento que me atingiu, atingiu mais ainda outras pessoas e quiça uma boa parte de gente que indiretamente foi agraciada com sua arte, criatividade e talento.
Vicente Maiolino foi diretor de teatro, dramaturgo, encenador, figurinista, ator... Em suma, fazia teatro com as mãos, os pés, a cabeça... com seu corpo e toda sua alma.
Quem o conhecia via nele um personagem... Ele vivia e respirava como que dia e noite num palco. A vida em sua máxima intensidade.
Convivi com ele um bom tempo... pouco tempo... O tempo suficiente para saber que foi uma parte indispensável de tempo na minha experimentação do mundo. Uma mordida saborosa.

Como saborear direito a vida sem ter nela pelo menos uma boa pitada da arte???

Alguém tirou, porém, este mestre cuca daqui. Imagino que um ser humano que não teve quem lhe desse o bom alimento. A massa poderosa que fermenta, recria a vida e a reinventa mesmo quando falta a ela boa parte dos ingredientes.

12 furos; seis tiros que o atravessaram lado a lado. Acertaram seu corpo... imortalizaram sua alma.
Vicente Maiolino cumpriu, então, seu derradeiro papel. Mostrou como não se tem como... matar o personagem, como não se tem como... matar a sua arte; o bom alimento.
E recebe, então, seu merecido aplauso...
Ao contrário dos descrentes, creio que sua alma se corporiefica em sua tamanha importância e necessidade.
A morte mais violenta, mais fez sua alma ganhar corpo. Trouxe sua vida à tona, junto à dor, à incompreensão, para o cerne de um espetáculo.
Maiolino interpreta agora o seu mais importante papel.
E continuará em cartaz com seu público fiel a atrair platéias sedentas pela arte que a vida reinventa.

Um brinde a sua insurreição!

Maria

Obs.: Esta foto é da peça "A idade do sonho", em que dirigiu, atuou e recebeu muitos prêmios.
Posted by Picasa

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Contra o barulho

Contra o barulho
Fim do barulho // Campanha lançada ontem pelo MPPE prevê pagamento de até R$ 2 mil pelo Disque-Denúncia para quem denunciar o problema

Por Marcionila Teixeira

Campanha contra poluição sonora é lançada no Recife

Todo final de semana, o funcionário público Luiz Augusto Andrade, 34 anos, pega a mulher e o filho de 4 anos e se muda para a casa de algum parente. A mudança forçada acontece por um motivo simples e ao mesmo tempo inusitado: Luiz e a família precisam dormir e não conseguem por conta do som alto registrado no bairro onde moram, no Arruda, no Recife.
Assim como ele, milhares de pessoas vivem o mesmo drama, que muitas vezes é enfrentado de forma violenta. Ontem, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) anunciou mais ações para combater a poluição sonora no estado e todos os crimes ligados a ela. Entre as novidades estão o lançamento da campanha Som sim, barulho não, a capacitação de policiais para lidar com a situação e a recompensa de até R$ 2 mil paga pelo Disque-Denúncia para quem contribuir com a resolução de um problema que afete toda uma comunidade. Além do incômodo à tranquilidade, o MPPE quer reforçar a ideia de que a poluição sonora não é apenas um incômodo aos ouvidos, mas também encobre outros crimes. "Um ambiente onde há carros com som alto, por exemplo, pode atrair os jovens para o uso de drogas lícitas e ilícitas ou para a exploração sexual de crianças e adolescentes", comentou o promotor André Silvani, do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Meio Ambiente (Caop). Outra preocupação do MPPE é com a possibilidade de ocorrência de homicídios decorrentes de desentendimentos por conta de barulho, como já aconteceu no estado. O funcionário público Luiz Andrade disse que, logo que foi morar no bairro, tentou resolver o barulho de som alto dos carros ao longo da madrugada conversando com os donos dos veículos ou ligando para a polícia. "Hoje em dia não faço mais isso. São muitos carros. Também tenho medo da reação dos motoristas. Além disso, depois que a polícia sai, eles aumentam o som de novo. Prefiro sair de casa", afirmou. A campanha será veiculada na mídia gratuitamente e por tempo indeterminado. São três VTs para televisão, dois jingles etrês comerciais para rádio, quatro anúncios para jornal e cinco para outdoors. Todas as peças fazem referência ao site www.somsimbarulhonao.com.br. O grupo Diários Associados em Pernambuco, do qual também faz parte o Diario, confirmou participação na iniciativa. Capacitação - Para o promotor André Silvani, a capacitação dos policiais é um dos passos mais importantes da luta contra a poluição sonora. "Esse é um crime como outro qualquer e o policial não precisa pedir para baixar o som ou ter um mandado para entrar na casa de alguém que está abusando do barulho. Ele pede para alguém parar de traficar drogas? Ainda existe essa cultura de que o barulho não é algo importante para ser combatido diante de outros crimes, mas é preciso priorizar esse tipo atuação também", destacou. O secretário executivo de Defesa Social, Cláudio Lima, disse que os batalhões da Polícia Militar de 26 áreas do estado, além das companhias, estão orientados a cumprir metas no combate à poluição sonora. "Apenas duas áreas não cumpriram as metas no ano passado", contabilizou. A Secretaria de Defesa Social promove, desde 2008, a Operação sossego. No entanto, apenas Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes participam da ação. Dados repassados ao MPPE apontam que, em Jaboatão, houve redução de 38% no número de crimes após dois meses do início da operação. Outra arma para combater o mal será a reedição da cartilha Poluição sonora – O silêncio e o barulho, lançada em novembro pelo MPPE. Mais 10 mil exemplares com orientações sobre o tema serão distribuídos logo que o Ministério Público consiga firmar parcerias com setores da indústria local para a reimpressão. Além disso, a entidade também preparou um vídeo educativo para ser usado em seminários e outras apresentações sobre o tema. FONTE: DIÁRIO DE PERNAMBUCO

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Fazendo Gênero 9


Inscrições abertas para apresentação de trabalho no congresso Fazendo Gênero 9 em agosto de 2010 em Floripa, UFSC.

Atenção especial ao nosso Seminário Temático:

18. Diversidade e Gênero no Universo Infanto-Juvenil
Coordenador@s: ALCILEIDE CABRAL DO NASCIMENTO (UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO), FLÁVIA FERREIRA PIRES (UFPB)


SITE:

domingo, 10 de janeiro de 2010

Cariri Paraibano





























quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Catingueira/ PB






Uma prévia das fotos que produzimos em dezembro de 2009 em trabalho de campo na cidade de Catingueira/ PB para a pesquisa "A Casa Sertaneja e o Programa Bolsa-Família".













Na última foto estão um nativo e 4 alunos de Ciências Sociais da UFPB que fizeram parte da equipe de pesquisa!

domingo, 3 de janeiro de 2010

Comer, beber, viver...


No ano retrasado, em 2008, li aquele livro best seller, meio auto-ajuda (bem diferente dos que costumo gostar ou ler...) que fez um sucesso estrondoso, com uma americana que, para romper com uma vida e a depressão causada por grandes dificuldades vivenciadas, sai em busca de prazeres e aprendizados, em um ano sabático de viagens.


"Comer, rezar e amar"... quem não leu deve ter ouvido falar. O livro vendeu milhões de exemplares e como tive a recomendação expressa de duas leitoras (amigas), fui folhear suas páginas num café de uma livraria. Acabei comprando o livro através de um site, num precinho camarada e confesso que gostei. Não tanto pela escrita e não é mesmo uma obra literária com uma narrativa grandiosa, mas pela sinceridade da experiência compartilhada.


Este ano, bem perto do final do ano, lembrei-me do livro e de alguns momentos contados pela autora. Isto aconteceu mais precisamente quando estava num avião, indo para minha terra natal e lembrava as possibilidades que podem surgir quando nos abrimos à outras experiências, quando nos damos direito à novas "viagens" transformadoras.


Chegando ao aeroporto de destino... antes de embarcar no ônibus para o centro da cidade, meus olhos parecem terem sido guiados para um pequeno letreiro de um café onde estava escrito "Comer, beber, viver".

Bonita coincidência! Os tantos verbos infinitivos... que sinalizavam experiências tão humanas quanto potencialmente transformadoras.


Que belos verbos possam ser conjugados este ano que se inicia, trazendo a sorte de outras tantas possibilidades de vida!

Feliz 2010!!!
Obs.: Esta linda gravura eu retirei na internet nesta página http://fineartsportugal.com/shop/images/pint_trigo_penultima_ceia.jpg
Parece que o artista chama-se Trigueiro e a tela é a "Penúltima ceia".