sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Um "outro ensaio" sobre a cegueira ou uma "nova cena" sobre a visão




Alguns dias depois de ver o filme dirigido por Fernando Meirelles (que nos dá motivo para sentir orgulho do fato de sermos brasileiros), volto a vida normal. A cegueira branca tão bem retratada pelo moço nos faz perder a fala; ficamos meio mudos.
Ler o livro de Saramago sobre a cegueira não encerra as visões que podemos ter com sua bela ficção/reflexão literária. Não tem muito o que dizer... Vale a pena ver, quem tem olhos de ver, ou pelo menos ouvir atentamente os sons desta belíssima encenação (montagem) cinematográfica.

Trabalhei com um professor que era cego durante alguns anos. Lia para ele algumas vezes e, talvez, esta convivência tenha sido uma das coisas que mais alteraram os meus "sentidos". Ele me emprestava sua visão do mundo e eu emprestava os meus olhos à ele. Emprestava a minha voz (também), tão desperdiçada, para dar vida as palavras amortecidas nos livros de história, placas de ônibus ou cardápios de lanchonete.

Mas, poucos dias depois de ter visto o tal filme do tal livro que deu origem a um "ensaio" sobre a cegueira, presenciei uma "cena" viva, pulsante, que cobria a cegueira e a visão - tudo junto e ao mesmo tempo. (Ainda não tivesse a tal linguagem para transformá-la num "ensaio".)
Um casal formado por um homem e uma mulher cegos, caminhando por um passeio com sua filhinha bem pequena, que enxergava.
A menina olhava para todos os lugares ao seu redor e comentava o mundo que via com os pais; que ao mesmo tempo em que tentavam advinhar o que ela estaria enxergando, davam-lhe uma orientação àquela visão.

A "cegueira" dá a luz a quem enxerga... A cegueira dando orientação à uma "nova" visão.
Metáforas para "ensaios" e "cenas" que envolvam os sentidos.
Menina MA


quinta-feira, 30 de outubro de 2008

São Pedro da Serra ("Toda paz do Universo")

"Há um vilarejo ali, onde areja um vento bom
Na varanda, quem descansa... Vê o horizonte deitar no chão."
Neste último final de semana com um "meio feriado" na segunda (a antecipação do dia do funcionário público) tive a grata surpresa, já um tanto aguardada, de conhecer um lugarejo com uma paz renovadora; em meio à montanhas, pedras e águas cor de coca-cola.
Acho que em São Pedro da Serra (Nova Friburgo - RJ), tudo fica muito poético; até a cor de coca-cola da água vira poesia. rs Não é por acaso que a placa que fica na entrada, possui a seguinte inscrição: "Toda a paz do universo" a 4 km.
Lá a respiração fica mais lenta... o sol nasce devagar e bonito atrás das montanhas, em meio a um céu azulado. E as nuvens fazem aqueles desenhos que só quando pequenos sabíamos contemplar direito.
Uma experiência tão peculiar, particular, acaba trazendo mesmo o desejo de se compartilhar.
E foi só começar a querer escrever, que a música da Marisa Monte veio tocar ao fundo... Vou dedilhá-la para vocês, nas teclas do meu computador:

"Lá o tempo espera... Lá é primavera... Portas e janelas ficam sempre abertas pra sorte entrar"

E não é que lá é assim mesmo - sem tirar nem colocar.
E como se não bastasse, é um lugar onde habitam pessoas muito bonitas.
(Nem querendo passar perto daquelas expressões execráveis como: "em tal lugar dá uma gente bonita" ou - o que seria pior ainda- "este lugar tem uma gente feia". Eu vivo a me perguntar, quando ouço bobagens desse tipo, se esta "diferença" estética não se dissiparia com um pouco mais de dinheiro - bons shampoos, cortes de cabelo, cremes e roupas "da moda", etc. As tais pessoas ditas "feias" se tornariam magicamente "bonitas" e vice-versa, e coisa e tal.)

Quando escrevi a frase mais acima, quis falar de pessoas que sorriem largo... esbanjam simpatia e gentileza - alegria de viver. Gente como a Zelma, como a Morena (que mora no lugarejo ao lado, Lumiar) ou como o Tiago que acabou de se mudar.

A Zelma na sua lojinha de artesanatos, livros e CDs - uma espécie de centro cultural de São Pedro. Lugar onde ela expõe sonhos pontilhados por ela mesma em tecidos, com a arte do Patchwork. Ela consegue retratar o lugar de uma maneira literalmente "fofa"- como ele realmente parece ser... de algodão. Isto sem falar no seu papo gostoso sobre literatura, música, viagens. Quem já pensou em ir a uma loja de souveniers e sair de lá com mimos que a própria dona da loja não deixou você comprar porque queria simplesmente lhe dar de presente. É o respeito ao círculo da dádiva... aos vínculos nascidos nas trocas sinceras e "bem para além" das transações mercadológicas.
(Vocês podem conhecer a Ecoarte, da Zelma, aqui http://www.ecoartebrasil.com.br/ E não deixem de clicar na seção "idéias" que possui alguns artigos para quem quiser saber mais sobre a história, ecologia e assuntos afins ao lugar.)

Como não apreciar também a beleza na pessoa de Morena, que com um sorriso luminoso e os braços abertos, nos dá aquele acolhimento de "vidas passadas" - já que você ainda não a conhecia, desde então. Poder experimentar o seu suco verde, demorado (preparado especialmente para você, a partir de uma consulta cuidadosa) e comer o shapati (massa com cereais integrais) recheado com doce de banana feito por ela no dia. Esta artesã de orixás, morena, de cabelos lindamente grisalhos e sorriso radiante, conquista o coração de qualquer pessoa que tiver a sorte de encontrá-la. Acho que ela já faz parte daquela outra dimensão - a do tão proclamado e pouco usado, amor incondicional.

E, por último, narro mais um "grande encontro" proporcionado por São Pedro (não sei se pelo santo mesmo, ou se pelo lugar), o Tiago. Menino-homem, com olhar sensível; apaixonado pelo que quer fazer na vida; falando com sua voz calma e emocionada, que busca inspiração olhando para cima, ao recitar poesias árabes que acabou de aprender, seus salmos preferidos, ou a visão de filósofos um tanto desconhecidos.
Tudo isto em uma noite na qual consegui me embebedar e ter ótimos devaneios tomando uma só taça de vinho (juro!) no boteco/casa do qual já me esqueci o nome (mas que ainda não me saiu da lembrança).
Acho que foi o banho de cachoeira!!!
Foi a inspiração divina que recebi das águas cor de coca-cola!
E "é isso aí" (mesmo)! Como diria o slogan.
Vou indo, deixando a mesma música que não consegui fazer parar de tocar

"Pra acalmar o coração... Lá o mundo tem razão"

Menina MA

Obs.:
Vilarejo - Marisa Monte www.youtube.com/watch?v=-g83_ZRGM48
As imagens postadas são dos patchworks feitos pela Zelma e estão disponíveis na página da Ecoarte.
Sites onde há informações sobre hospedagem, eventos e festas tradicionais do lugarejo. http://www.saopedrodaserra.tur.br/ http://www.lumiaresaopedrodaserra.com.br/

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

A ação da imprensa brasileira num caso de sequestro


Isto aqui não é um blog jornalístico, em essência, mas podemos trazer matérias que nos fizeram pensar. E querendo ser democrática, achei muito interessante a crítica feita pelo ex-comandante do BOPE, sociólogo, co-autor do livro "A Elite da Tropa" e roteirista do filme "Tropa de Elite", Roberto Pimentel.

Ele fala em uma entrevista, sobre a infeliz participação da imprensa num sequestro de tamanha gravidade, como o acontecido em Santo André (SP) nos últimos dias - o que, na opinião dele, prejudicou o desfecho do caso.

Não vou me estender, caso alguém queira se informar melhor sobre a matéria, acesse o endereço abaixo.


Menina MA

"Tentando engolir as tragédias da tela"


Li uma boa reflexão feita por uma jornalista de um site feminino, Adilia Belotti, sobre o sequestro ocorrido em Santo André, que terminou a com a morte da refém, a adolescente Eloá.

A autora aborda vários pontos com os quais concordo, em especial, quando coloca que o fato ocorrido não está tão longe de nós, pelo fato de ter se passado "do outro lado da tela".

Quando entramos nos meandres mais humanos e sócio-culturais do caso, nos deparamos e identificamos questões comuns ao nosso "infinito particular" (como cantou Marisa Monte).

Deveríamos então nos preocupar com algumas questões em torno desta tragédia. Fica aqui a minha sugestão.

Menina MA



Obs.: A imagem é do site Delas ig: foto da jornalista Adilia Belotti. Gosto muito dos textos desta colunista.

Para quem está em Brasília


Foto: Michel Brunet, paleontólogo francês, compara o Homem de Toumai (esq.) com um chimpanzé.


PALEONTOLOGIA

Michel Brunet faz palestra na quarta
O paleontologista francês Michel Brunet, responsável pela descobertado crânio de hominídio mais antigo do mundo, faz palestra nestaquarta-feira, 22 de outubro, às 19h, no auditório da Fundação deEmpreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), próximo à L3Norte.
O especialista e sua equipe encontraram em 2001, na África Central, um fóssil batizado de Toumaï, de 6 a 7 milhões de anos. Até então, o registro mais antigo de um hominídeo datava de 3 milhões deanos, então nominado Lucy.
O evento tem o apoio do Instituto deGeociências da UnB e ocorre por ocasião da Semana Nacional de Ciênciae Tecnologia. O auditório tem capacidade para 200 pessoas.
Entrada gratuita.
Informações pelo 3348 0479.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Provérbio Indiano num Imã de Geladeira


Acho que já disse aqui, que comecei há algum tempo a colecionar frases de imãs de geladeira. Não sei exatamente porque, mas... aconteceu. Alguma frase me pegou de jeito e pronto.
Eis que esses dias... um dia após eu dar alguns desses mimos para uma amiga, de aniversário, eu ganho uma dessas "frases" de presente também.
Atravessando de manhã, uma rua da Glória no Rio, dou de cara (pasmem!) com um imãnzinho dentro de uma embalagem de plástico. Caído; abandonado; todo molhado... e quase dilacerado.
Evidentemente que tive que resgatá-lo rapidamente e salvá-lo daquele perigo de se extinguir em meio aquela rua enlameada de chuva.
Já pensou o que representaria para mim, deixar mais uma "frase" ser desperdiçada, descartada para o lixo? Ou o que seria perder aquela frase (talvez, importante ou até muito importante) para a minha vida?
Mas a "frase" falava justamente de silêncio:

"Quando falares, cuida para que tuas palavras sejam melhores do que o silêncio."
(Provérbio Indiano)
Uma boa inspiração para quem gosta tanto de falar ou escrever, como eu.
Menina MA


segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Um imenso grotão? por Otavio Velho

Texto do antrópologo Otávio Velho (professor emérito da UFRJ/ Museu Nacional) para a Folha de São Paulo, de 31 de outubro de 2006, analisando as eleições de 2006, quando Lula foi reeleito.

UM IMENSO GROTÃO?



Otávio Velho




Em décadas passadas, pesquisei, no Sul do Pará, como os pequenos agricultores eram atormentados pela possibilidade da “volta do cativeiro”, assunto recorrente entre eles e que tinha a ver com as ameaças brutais e permanentes a sua existência social. Retornando recentemente à região, fui surpreendido pelos testemunhos de que já não se fala mais disso e de que, ao contrário do que parecia ser o seu destino inexorável, os pequenos agricultores não desapareceram. Hoje, organizados de variadas maneiras, recuperaram muitas das terras que haviam sido ocupadas ilegalmente pelos grandes proprietários desde o século XIX. O outrora poderoso patriarca da principal família da oligarquia local encontra-se em prisão domiciliar, acusado de assassinato.
Testemunhos como esse se multiplicam e são trazidos por diversos observadores de várias regiões do país, sobretudo Norte e Nordeste: atividade intensa na produção e no comércio local, novas iniciativas, uma nova dignidade. Despercebidas das camadas médias das nossas metrópoles, transformações importantes vêm ocorrendo, ainda que as disparidades sociais permaneçam imensas.
Pois é em ambientes como esses que muitas vezes são implantados os programas sociais do governo. Ou seja, esses programas não só não partem do zero como demonstram capacidade de afinar-se com o que já vinha se dando. Ajudam a acelerar as transformações em curso que levam seus protagonistas a multiplicar suas articulações e a ganhar uma percepção globalizada da situação. Esses programas não podem ser paternalistas: os agentes governamentais é que seguidamente têm que “correr atrás” do que já vem ocorrendo.
Os habitantes dessas regiões em geral sabem disso, o que explica por que nestas eleições votaram maciçamente em Lula - figura certamente paradigmática e com a qual estabelecem uma comunicação que não é só a das palavras. Assim votaram não por terem sido submetidos a uma nova servidão, pois o que está em jogo é a libertação do cativeiro, inclusive do cativeiro político, substituído por uma disponibilidade para o estabelecimento de parcerias com os agentes sociais que estejam dispostos a se aliar a eles.
O ambiente social e econômico de intenso dinamismo faz lembrar por analogia os efeitos do microcrédito, que foi responsável recentemente pela outorga de um Prêmio Nobel a Muhammad Yunnus. Neste ponto, política social e econômica se encontram, e a idéia de que as políticas econômicas dos governos de Lula e de FHC são iguais não leva em conta essa interseção, reiterando uma visão restrita e segmentada. Visão, aliás, que não é das elites, pois de outro modo não se entenderia a sua renhida oposição a Lula.
Na falta de conceitos adequados, a tendência é ignorar o que se passa ou tentar reduzir tudo a imagens anteriores. Imagens como a da divisão do país entre uma face supostamente progressista e outra, atrasada, dos “grotões” tidos como dependentes do Estado, quando na verdade essa dependência se traduz num volume de recursos que nem de longe se aproxima daquele de que se beneficiam direta ou indiretamente os setores considerados avançados. Ainda está por se fazer a teoria econômica e social de tudo isso. Mas a eleição que agora termina teve o mérito de não deixar que se continue a ignorar o que se passa, mesmo à custa de muita perplexidade. Isso porque a grande votação de Lula não permite que a consideremos como oriunda dos grotões: é impossível que haja tanto grotão assim. Além do fato de que não foram os grotões que elegeram Maluf e Enéias; e não foi o suposto centro que derrotou Severino Cavalcanti e ACM.
O movimento do primeiro para o segundo turno abalou as crenças sobre a importância dos “formadores de opinião” e a suposta transmissão de informações e de valores partindo do centro para a periferia. O que houve foi uma inversão de mão e uma extensão, através de mecanismos moleculares que pouco conhecemos, daquele que já havia sido, no primeiro turno, o voto preferencial da chamada periferia. Foi ela que mostrou, assim, sua capacidade de influência e indicou a possibilidade de reduzir os riscos da polarização Norte-Sul vaticinada por alguns.
Vamos ver de quanto tempo precisaremos para absorver tudo isso. Absorver, inclusive, que o crescimento econômico precisa ser qualificado e de que não se trata apenas de fazer crescer o bolo. Neste ínterim, esperemos que a capacidade de reconhecer a nova situação prevaleça sobre o ressentimento.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

A Culpa é do Fidel


Não fiz nenhuma pesquisa sobre o filme. Ele foi sendo recomendado, por uma, duas, três pessoas ou mais. E eu fui perdendo a oportunidade de vê-lo em uma, duas ou mais salas em que ele esteve em cartaz, no Rio.

Bem, então, finalmente aconteceu. Fui assistí-lo ontem à tarde, numa pequena e linda sala (que possui um arco de pedras no alto) do Paço Imperial, na Praça XV. Fui correndo com medo de perder outra das tantas oportunidades. E valeu! Como valeu a pena!
Um filme que aborda questões históricas e políticas do início da década de 70, tais como o Franquismo, a eleição de Allende no Chile e o fortalecimento do movimento feminista na França. Acontecimentos contados a partir de um microcosmo: a vida de uma pequena família, na França.
Este filme, na verdade, é contado a partir do ponto de vista mais micro possível (digo: até no tamanho), o universo de uma criança que vai crescendo, adquirindo valores e construindo "entendimentos" na sua pequena e rica história de vida.
A menina, personagem central do filme, deveria era ganhar um prêmio de melhor atriz... se não é que já ganhou alguma coisa e eu nem devo estar sabendo. Pois ela dá um banho de interpretação em muito marmanjo por aí. rs
Para mim, nada poderia ter sido mais filosófico do que ver essas transformações históricas e políticas a partir do ponto de vista de um serzinho (muito pensante) que se constitui (e vai se constituindo, ao longo do filme) em meio a complexidade dos fatos e de seus afetos e valores - experiências que geram compreensões e inserções diferenciadas no mundo. E este mundo vai se apresentar repleto de contradições inerentes às culturas e aos contextos histórico e social em que ele/ela vive e participa ao seu modo.
Enfim: "a criança é um sujeito histórico!" Parecia gritar o filme... "E ele ou ela podem possuir uma excelente história à contar."
Um belíssimo trabalho dirigido por Julie Gavras que vale a ver e aplaudir.
Menina MA (mas não tão má. rs)

E para não dizer que não falei de frases...

"Existem tantas coisas na vida mais importantes que o dinheiro.
Mas custam tanto!" (Groucho Marx)



Fonte: Imã de geladeira, da geladeira da minha casa. Menina MA

quinta-feira, 16 de outubro de 2008


Toda paixão é a primeira

Menina F

"Cozinhando palavras com as Meninas Gerais"


Abdico hoje do meu antigo blog "A menina que gostava de mapas" e lanço, em parceria com a Menina MA, o primeiro post do nosso mexidão requentado, o "Meninas Gerais"! (Menina F)

Bem, como não gosto muito de cozinhar ou comer sozinha, recebi com imenso carinho e consideração o convite da amiga Menina F para fazer uma parceria. O meu antigo blog, "Cozinhando palavras", aonde eu só experimentava receitas... vai poder montar sua cozinha aqui, e começar a servir alguns pratos para fora.
(Menina MA)

"Meninas Gerais" era um sonho de blog antigo... que combinou com "Cozinhando Palavras" que combinou com o “A Menina que Gostava de Mapas”. 3 em 1. O "Meninas Gerais..." é o mapa das minas... e se há uma coisa que combina com Minas é a cozinha!
(Menina MA & Menina F)

Obs.: Achei especial encontrar esta imagem acima, que faz parte de uma exposição: "Meninas Descalças". Ela conta um pouco dos sentimentos e emoções que transcendem de todas as mulheres do universo de Telma Quevedo, uma mineira de Belo Horizonte. (A artista plástica é um dos talentos revelados pela consagrada Yara Tupynambá.) Os traços pontilhados, de um estilo muito pessoal, falam ao mesmo tempo das muitas mulheres que habitam o íntimo de uma única mulher - a diversidade da alma feminina e sua delicadeza. (Menina MA)

Fonte: http://www.cultura.mg.gov.br/?task=interna&sec=4&cat=29&con=1416&limitstart=15&all_not=y

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Ser adulta e pesquisar crianças


Demora muito, depois de alguns meses (anos?), finalmente você vê o resultado de um trabalho acadêmico, as vezes impresso, as vezes online...Tive a surpresa de encontrar um trabalho, que já foi apresentado em congresso (25a. ABA) em 2006, finalmente em formato digital.


Ser adulta e pesquisar crianças: explorando possibilidades metodológicas na pesquisa antropológica


Aqui está o link:





No artigo, apresento e discuto os vários métodos e técnicas de pesquisa utilizados na confecção de minha tese de doutorado: observação participante, desenhos, redações, filmagem, diários, fotografias, cartas, entrevistas com crianças, programas de rádio...


PS: O artigo tem seus momentos de ingenuidade, de excesso e um tom de comédia, talvez pouco acertado. Mas não quis ofender ninguém e espero que minha vizinha saiba entender isto (mesmo sabendo que ela não vai entender...)

quinta-feira, 2 de outubro de 2008