sábado, 31 de janeiro de 2009

Bicicleta para Todos



Vejam no Blog do Jamildo: Lula vai lançar o "Programa Bicicleta para Todos"

http://jc.uol.com.br/blogs/blogjamildo/canais/noticias/2009/01/30/lula_vai_lancar_programa_bicicleta_para_todos_40237.php

Grande idéia, desde que venha associada com a construção e manutenção de ciclovias nas zonas urbanas.

Sozinha
















Preciso de gente. Estou sozinha levando a minha vida. Mas eu mesma assim escolhi. Queria ser independente. Correr meus riscos, desfrutar da graça de ter conseguido por mim mesma. Mas, ás vezes, o meu desejo é o mais infantil de todos. Deitar-me encolhidinha e pedir que uma mão poderosa me carregue e faça por mim o que tem que ser feito. Eu queria “alguém que me salvasse” – disse uma vez a uma tia muito sábia. Ela me disse que esta pessoa existia, que estava muito perto de mim, que era eu mesma. Daí, ao mesmo tempo em que entendi a solidão de ser gente, entendi também que para isso não há remédio. Não posso me abandonar, ninguém vai me segurar, carregar no colo, pegar a minha mão para atravessar a rua. Ou eu mesma arranjo o meu almoço ou não como. É assim. Não posso esperar que alguém vá tomar as decisões por mim. Esta pessoa não existe. Mas tem gente, e eu bem conheço, que passa a vida nas costas de outros. Ah que inveja. Quisera eu que alguém procurasse a minha moradia, resolvesse o pepino com a telefônica, levasse a impressora para consertar. Essas tantas pequenas coisas chatas que o cotidiano nos demanda. Ir ao mecânico, pagar propina na Manzuá, tratar com o síndico. Acho que me tornei mulher sem deixar de ser criança. Será isso uma característica comum ás mulheres: ficar a espera de um príncipe encantado, perfeito e majestoso? Aquele com o qual a vida passa macia, sem estresse e principalmente, sem as contas no fim do mês. Aquele sem o qual a vida é esse vale de lágrimas, lutas inglórias, chegadas sem sabor de vitória.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Saudades de algum lugar...


Barra de São Miguel

Maceió

Fazenda do Gunga

Carro Quebrado



Rio São Francisco

"... o Rio São Francisco vai bater no meio do mar..." ( Riacho do navio -Luíz Gozaga)


Alagoas com Sergipe

Nor
des
te

Bra
sil





Neste início de ano senti uma saudade imensa de um lugar que a rotina quase que me fez esquecer que fui.
Os ciclos, porém, nos trazem as lembranças de volta, tal como as ondas revolvem e devolvem o que um dia foi para o mar.

Senti uma saudade imensa de lugares que entraram na minha vida no início do ano passado... e, como se fizessem aniversário agora, voltaram em minha lembrança, um ano depois. Fui passar alguns dias com a família pelo litoral de Alagoas, no ano passado.

Foram visitas à lugares bonitos. Um mar generoso e manso. Água gostosa; coco barato. Uma cor de água que não dava vontade de parar de olhar. Um litoral desenhado por Deus ou outra criatura muito artística e de bom gosto.
Um deles, mais especial, acredito que tocou no âmago da alma de todos nós e tenho certeza de que foi um dos encontros com a natureza mais bonitos que já tive e vou ter (posso prever); a foz do rio São Francisco, que divide Alagoas e Sergipe.
O encontro de um rio com um mar... numa paisagem intocada e bela. Um momento de tanto respeito e harmonia que pudemos vivenciar; de um silêncio profundo e reverenciado pela alma.

Outras belezas...

Amei tudo e mais um pouco.
A praia e as falésias de Carro Quebrado, no litoral norte.
O balneário simpático e aconchegante da Barra de São Miguel.
A comida também simpática e farta do café das Irmãs Rocha ( e o visual lindo que tinha a casa de fazenda deste restaurante) e o da divertida Budega do Sertão, com suas atendentes vestidas à caráter, entretidas em suas fantasias; eram quase atrizes as meninas.
Uma experiência cultural, afetiva e gastronômica. Tudo muito delicioso!

Do outro lado... Em meio à miséria do trabalho árduo nos canaviais, que víamos pela estrada do litoral sul... e as casinhas de palafitas das "favelas" paupérrimas dos excluídos de Maceió e do interior das Alagoas, as rendas... As rendeiras trabalhando, tecendo a "beleza", das portas de suas casas.
(Lembra-me agora o lindo livro de Marina Colasanti, "A moça tecelã"; a moça que tecia seus sonhos, sua vida... e podia desalinhavar, desmanchar, e tercer tudo de novo).
Esse lugar tinha esta magia também, este potencial.
"Ole mulher rendeira... ole mulher renda. Tu me ensinas fazer renda..."
Deus, tu me explicas este Brasil?!
Menina MA

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

"Tempo, tempo, mano, velho... falta um tanto ainda eu sei pra você correr macio"


Sei que escrever um blog não é copiar e salvar. Acho que ando copiando para salvá-lo... do perigo de inanição. rs

Na verdade, inspirações vem e vão. Mas há épocas silenciosas. O silêncio poda palavras, versos, temas e inspirações. O silêncio acaba, por vezes, falando mais alto...
Mesmo quando ele fala mais alto algumas músicas e poesias continuam tocando ao fundo.
Esta que hoje ouvi é muito gostosa de cantar e fácil demais de se afeiçoar.
Ela canta o dilema do tempo que está em todo mundo, em toda parte e vai se arrastando com a gente, por toda vida.

Sobre O Tempo
Pato Fu
Tempo, tempo mano velho,
falta um tanto ainda eu sei
Pra você correr macio
Tempo, tempo mano velho,
falta um tanto ainda eu sei
Pra você correr macio
Como zune um novo sedã
Tempo, tempo, tempo mano velho
Tempo, tempo, tempo mano velho
Vai, vai, vai, vai, vai, vai

Tempo amigo
seja legal
Conto contigo
pela madrugada
Só me derrube no final.

Se quiserem ver o clipe do grupo mineiro, Pato Fu, no You Tube é só clicar em http://www.youtube.com/watch?v=OhfSkSda5TI

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

"Biológicas, exatas e desumanas" por Rosana Hermann

Em tempos em que preciso de um mergulho em leituras e outras escritas mais obrigatórias (e nem por isto desprazerozas) recebi este texto e achei interessante para colocar no blog.
Não conhecia esta jornalista, mas fiz uma pesquisa na net para me situar sobre suas coordenadas geográficas e achei interessante este desabafo dela.
Menina MA

BIOLÓGICAS, EXATAS E DESUMANAS
Rosana Hermann
Não terei tempo de procurar na rede o nome do culpado pela divisão das disciplinas de educação em três vertentes, mas de alguma forma o conhecimento formal ficou dividido em ciências biológicas, ciências exatas e ciências humanas. Acho lindo que tudo seja tratado de forma cientifica e organizada, mas temo que esta tripartição não tenha sido um bom negócio, especialmente hoje, vendo que duas pernas se desenvolveram e uma ficou atrofiada. O homem passeia em Marte com seu robô e envia imagens ao vivo, com exatidão tecnológicas surpreendente. Aqui na Terra, clonam-se seres vivos e as esperanças de cura se renovam com o desenvolvimento de pesquisas com células-tronco. O tripé do conhecimento desenvolveu pernas longas e bem torneadas para as exatas e biológicas. Infelizmente, com o crescimento das outras duas, a terceira perninha, as ciências humanas, que incluem coisas como a filosofia e a ética, ficou ali, atrofiada e penduradinha como um bilauzinho no inverno polar. E isso, tem tudo a ver com a crise humana do mundo atual.
Estamos todos mais grotescos, mais rudes, mais estúpidos. Somos bem informados, mas nos tornamos ignorantes. Temos automóveis com GPS, mas dirigimos como trogloditas neuróticos. Viajamos pelo mundo inteiro, mas temos preguiça de procurar o baldinho de lixo para jogar o papelzinho da bala. A falta de finesse é geral. Isso tudo, se não for coisa do demo, se não for a prova definitiva de que o projeto 'ser humano' não deu certo, só pode ser atribuído à falta de atenção que demos às ciências humanas, justamente aquelas mais sutis, que não dependem de equações, que não se baseiam nas medições matemáticas e não podem ser testadas em laboratório.
O vórtice vicioso que nos suga ralo abaixo passa por todas as estatísticas de descaso com as disciplinas que podem desenvolver o refinamento das pessoas. Não existem empregos para filósofos, sociólogos, pedagogos, historiadores, cientistas sociais. E, por não ter mercado, os estudantes não optam por estas matérias na hora de fazer o vestibular. Como a procura é pouca, há poucos cursos e etc. e tal.
O que fazer? Bem, esta é uma resposta para as ciências humanas também. Quem tiver sobrevivido na área terá que formular as soluções para esta crise de humanidade que vivemos hoje. Não sei onde o flower power murchou, onde o amor livre foi preso ou como a vida em fazendas cooperativas se transformou nesse mar de prédios de escritórios neuróticos baseados na competição. Só sei que temos que voltar até a bifurcação onde tomamos a trilha errada. Nesta trilha, ansiedade e depressão nos matam, o estresse e a má alimentação engordam, a ira destrói toda nossa capacidade de sentir e amar.
Eu, lentamente, comecei a voltar. E adoraria contar com todas as pessoas de bem, os irmãos de fé, os companheiros de jornada, os camaradas de ideologia, os humanos de coração, para um grande encontro de volta naquele velho ponto da bifurcação. Onde um dia, alguém colocou uma flor no cano de uma carabina.Humanos, uni-vos.
Rosana Hermann

Glossário
Vórtice (ou vórtex) é um escoamento giratório onde as linhas de corrente apresentam um padrão circular ou espiral. São movimentos espirais ao redor de um centro de rotação.
Ele surge devido a diferença de pressão de duas regiões vizinhas. Quando isso ocorre o fluido tende a equilibrar o sistema e flui para esta região mudando, eventualmente, a direção original do escoamento e, com isso, gera vorticidade.
Exemplo: efeito do movimento de uma colher para misturar o açúcar.

Flower Power (Força das Flores) foi um slogan usado pelos hippies dos anos 60 até o começo dos anos 70 como um símbolo da ideologia da não-violência e de repúdio à Guerra do Vietnã.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

O sorriso de Doralice*



Sei que não é muito legal plagiar ou traçar paralelos sem uma base comum, mas há momentos que isto nos transpassa .
Eu, que não gosto mais muito, de expor a intimidade e pessoalidade da minha vida particular a não ser no jogo da expressão, venho doar neste momento uma coisa íntima e bela. Uma obra de arte que me desculpem os apreciadores de Da Vinci, ultrapassa a beleza do sorriso pintado no seu quadro mais famoso- considerado a obra de arte mais valiosa do mundo, segundo li agora à pouco na internet.
Mas esta pintura não teria poderes suficientes para causar o que um sorriso como este – que se repete a cada manhã, ao acordar - pode nos oferecer. : )
Um sorriso oposto à tímida expressão da Mona Lisa.

*Esse é o codinome da sobrinha da Menina MA

"Saúde"


Queria ter deixado uma música da Rita Lee e do Roberto de Carvalho de mensagem de Ano Novo, mas acabei deixando... pra lá.

E de lá ela voltou aqui e agora, de novo, para eu ter que dedilhá-la novamente.

O nome dela é ...

"Saúde"
Me cansei de lero-lero
Dá licença mas eu vou sair do sério
Quero mais saúde
Me cansei de escutar opiniões
De como ter um mundo melhor
Mas ninguém sai de cima
Nesse chove-não-molha
Eu sei que agora
Eu vou é cuidar mais de mim!
Como vai, tudo bem
Apesar, contudo, todavia, mas, porém
As águas vão rolar
Não vou chorar
Se por acaso morrer do coração
É sinal que amei demais
Mas enquanto estou viva
Cheia de graça
Talvez ainda faça
Um monte de gente feliz!"
Fonte: Uma página bacana com tudo da Cantora e seu maridão. Dicografia, músicas, vídeos, fotos. Vale à pena olhar. http://www.ritalee.com.br

Sumiço das letras... Férias das palavras... Inspirações


Sumiço das letras... férias das palavras... Espero ter um (re)encontro com as inspirações.
As inspirações... Elas que são tão necessárias... em tempos onde a gente não respira mais direito, como diz a professora de Yoga.
Acho que por isso, voltei a praticar Yoga. Inspirar e Expirar é fundamental!
Minha “madre superiora” pediu para que eu não tirasse férias nas férias... nesse tempo absurdamente ocioso chamado de férias. (Porque será?).Acho que é porque ela me ama muito. Ela quer muito o meu bem... e quer que eu faça os meus votos para o noviciado tão rápido quanto possível... Nas palavras dela “no início do semestre” (coisa que ninguém merece fazer tão cedo).
Acho que ela diz isto para me assustar um pouco. Eu pareço (devo parecer) um tanto quanto sonsa, lerda, devagar... Ah, e isto eu sou mesmo. Uma apaixonada pela lentidão. Não sei se por causa de uma rebeldia nata ou simplesmente pelo ato prepotente ou arrogante de querer dar o tempo do meu compasso. No final das contas quem dança sou eu... em qualquer dos sentidos que esta palavra possa vir a soar.
Mas chega a ser engraçado e triste esse descompasso do mundo... entre pessoas que deveriam tentar marcar um compasso juntas, para terem "a honra de uma dança" (como se dizia antigamente). Não. Cada uma canta uma canção diferente e não quer nem pensar em ouvir a que toca do outro lado. Ao contrário, isto é um motivo para aumentar o som e cantarolar mais alto – sem que corram os sérios riscos de se depararem com outras melodias.