sexta-feira, 27 de março de 2009

A poesia que não nos deixa morrer





Foto de Fernanda Freire
Para ver mais: http://www.flickr.com/photos/fefreire


Venho escrevendo alguns poeminhas, diálogos da alma, conversas comigo mesma.
Arrumando o armário, tirando os guardados, encontrei este aqui, de agosto de 2005.

Sertaneja

Logo o tempo passa ligeiro
Apruma as folhas do pé de pau

Comer doce para tomar água
bem muita farinha de mandioca
cuzcuz com leite de gado

Nunca confiei em noite sem lua
Meus beijos secos de boca salgada

"Eita, que a tapioca hoje tá salgada"

Me dá da doce
Adocica minha consciência
minha vergonha despida
meu medo de ser mulher

2 comentários:

Menina MA disse...

Que bonito!!!

Eita, "que não nos deixa morrer"!

Achei sensual a poesia. Bem feminina e nordestina.

Menina MA disse...

Quando li sua poesia, esta música começou a cantar ao fundo (fundo da alma, será?) rs
Bem, vai lá...
Em sua homenagem.

Cajuína
"Existirmos - a que será que se destina?
Pois quando tu me deste a rosa pequenina
Vi que és um homem lindo e que se acaso a sina
Do menino infeliz não se nos ilumina
Tampouco turva-se a lágrima nordestina
Apenas a matéria vida era tão fina
E éramos olharmo-nos, intacta retina:
A cajuína cristalina em Teresina"

Bela, muito bela,tb.

Esta letra foi retirada do site www.letrasdemusicas.com.br