quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

"Sobre o perigo dos livros" Rubem Alves


Imperdível esta crônica de Rubem Alves. (Especialmente para acadêmicos ou adeptos de qualquer tipo de intelectualismo.)
Comentem!!!
http://rubemalves.wordpress.com/2009/01/03/sobre-os-perigos-da-leitura/

Obs.: A imagem retirei da net e não tinha a autoria identificada.

4 comentários:

Flávia Pires disse...

Adorei, Menina MA!
Se ler é apenas seguir o pensamento de outro, escrever talvez seja uma atividade mais criativa e individual. Escrever para a academia principalmente, pela necessidade que temos de dominar uma bibliografia e dialogar com ela. Gostei mto do texto, nos faz refletir sobre esta atividade que têm permeado a minha vida: ler! Só não posso concordar com um dos filósofos: para mim nada melhor que ler um bom livro quando o dia principia...é uma espécie de meditação, nirvana, tudo quieto, vc e o livro no mundo, e o resto não existe.

Menina MA disse...

Concordo contigo sobre o fato de que o gosto de ler em horários variados, não se discute.
Era uma gracinha do filósofo.
Mas, sobre a escrita... deixo aqui outra provocação. Às vezes, leio, leio, leio...(principalmente trabalhos acadêmicos) e pareço reler com outras palavras afirmações e citações dos autores lidos. Cadê o pensamento de quem escreveu? Bakhtin fala sobre isto de maneira divina quando trata de polifonia, dialogismo e monologismo nos discursos.
Podemos falar disto outro disto.

Flávia Pires disse...

é verdade, tem mto repetição na academia.
no máximo o que acontece é alguém descobrir um nicho, fazer algo inovador e depois ficar se repetindo ad infinitum...

Menina MA disse...

A repetição, ou melhor, coletânea de pensamentos de diversos autores que estariam na moda, é tão grande quanto o estilo da escrita, sua entonação.
Quem consegue ter proposições e fazer conexões e diálagos próprios num texto, está mesmo se diferenciando, criando um estilo próprio. (E haja barreiras e críticas para serem enfrentadas neste caminho.)
O Bakhtin fala que não adianta citar um monte "vozes" num texto, para que ele seja dialógico. Fazer uma arranjo verdadeiramente polifônico, em que o autor/escritor/pesquisador costure pontos diferentes, inove e deixe o leitor com seu papel de pensar... tb é um desafio.
Enfim, acho até que o leitor não precisa ser um repetidor de pensamentos. Enquanto lê, ele pode compreender de maneiras diferenciadas (através de suas experiencias, outras leituras, etc) e já ir dialogando com o livro.
(Imagino que Bakhtin concordasse com esta forma conceber a leitura.rs)