quinta-feira, 11 de junho de 2009

Spaghetti!


Gostaria de começar o texto assim...
(como vários textos cheios de pleonasmos tão comuns, que são um tanto rechaçados pelos amigos da dita "boa escrita", mas nem sempre pela poesia)
"Somente poucos momentos..." (como este que vou relatar agora)
... podem trazer uma certa paz camuflada de esperança, que vem da possibilidade de ver a beleza nas coisas mais que simples, cotidianas e pouco inusitadas, da vida.
Hoje vi minha sobrinha, que faz dez meses hoje, (outra repetição! ops) comer spaghetti ao molho de tomate e queijo, feito pela mamãe, com suas próprias mãos. (pleonasmo!)
Não, "feito gente grande", mas feito uma experiência de artista, daquelas bem pós-modernas, que aparecem em instalações de bienais de arte em São Paulo. rs
Bem... os gestos, os olhares dela para aquele macarrão com molho subindo e se alongando em suas mãozinhas; o ato de colocar na boca quase tudo e ir cuspindo, chupando e sorrindo, numa concentração primorosa, faziam dela - aos olhos de tia - uma artista.
Apreciar esta "arte" dela dá uma dimensão para as descobertas que saímos fazendo pela vida e, porque não dizer, derrama um molho todo especial no coração de uma tia.
Bom apetite!

Um comentário:

Fernanda Fiuza disse...

Depois disso ela vai brincar de tinta guacha sujar as maozinhas e te dar um abraço inadiável, e tomara que vc nao esteja com seu vestido de festa pronta para sair... ou entao, ela vai estar resfriada, vai espirrar e no desepero vai limpar a enxurrada verde na sua roupa limpinha e recém passada pendurada na maçaneta da porta... Passo por isso... Não tem preço. (ps - quero conhecer!!!)