
Já tem um tempo que queria parar e escrever sobre algumas indiossincrasias que o viver acomete com a gente.
Ouvimos tantos ditados como “Deus escreve certo por linhas tortas” e outros afins a esta percepção bem humana da vida, mas nunca eles conseguem substituir as cores que os eventos trazem para estas quase conclusões da experiência que é viver.
O dia que você veste a camisola digna de uma “noite de núpcias” e melhor ela lhe cai, por exemplo, é aquele em que você está sozinha se namorando no quarto, com um bom livro na mão, uma música gostosa tocando e um espelho a lhe felicitar o olhar.
Você recebe aquela rosa vermelha, pelas mãos de uma amiga, em uma visita corriqueira no meio de uma terça-feira... E você de alguma forma intuía um encontro com a tal flor neste dia, pois o amor havia invadido sua pele, suas entranhas e tudo mais. E o causador desse sutil estado, sequer imaginou uma materialização tão bela da natureza para você.
O seu mais novo amigo pode vir a comer merecidamente o macarrão feito à mão com carinho, para um amor que pouco lhe correspondeu com o estômago ou órgãos afins.
A palavra amiga esperada, nem sempre corresponde ao que o coração pedia ouvir; mas o cérebro pega no tranco, quando falta ao coração, e te repatria a consciência sobre o que precisaria escutar.
Ou quem sabe a palavra mal colocada carregou toda a importância de um silêncio necessário?
É levando um fora carinhoso e terno que você pode ter a chance de redescobrir o amor, pelo impedido amor. Quem sabe começando bem um final, você reinicia poderosamente uma história de amores na vida?
Enfim... não nunca terá fim, estas incongruências . Parecem peças escritas infinitamente para serem mais ou menos bem ou mal interpretadas pela gente.